2017
O Balanço de um Ano
Olá a todos!
Depois de muito tempo a publicar somente textos literários, decidi escrever
sobre outros assuntos. 2017 foi muito bom em termos de produção
literária para mim, mas acho que, neste momento, a minha inspiração não é igual
e, por isso, vale a pena abordar outros temas.
Decidi falar
acerca do meu ano de 2017 e vou dividi-lo em várias partes. Confesso que este
ano foi, em certa forma, um ano mau, mas acho que está a acabar bem. Ora vamos
lá ver como foi este ano.
1 – Amizades
Obviamente, houve
pessoas importantes a aparecerem na minha vida, mas, mais do que isso, houve
uma “redefinição” de várias amizades.
Neste momento,
posso afirmar, sem dúvida nenhuma, de que sei quem são as pessoas mais
importantes na minha vida. Não tenho de estar sempre com elas para saber o que
elas significam para mim e o quanto me ajudam, mesmo não sabendo. São essas
pessoas que me respeitam como eu sou, que conhecem os meus medos, os meus
trunfos, que estão lá para mim e que não se cansam de aturar os meus momentos.
E são essas pessoas que eu vou levar para sempre.
Por outro lado,
também sei – perfeitamente – quem são as pessoas que, por mais importantes que
tenham sido no passado, já não o são. É triste dizê-lo, mas a vida segue e,
como uma vez disse a uma amiga minha, “Há um momento em que sabemos quem está do
nosso lado da estrada e quem está do outro”. Há pessoas que não veem as coisas
como nós e que, muitas vezes, não são tão amigas como pensaríamos. São pessoas
de quem gostamos, mas não aquelas com quem queremos passar mais tempo. Na
verdade, nem todos são nossos amigos da mesma maneira, não é verdade?
Obviamente,
também houve quem saísse da minha vida. Não me vou alongar muito sobre esse
pormenor. Creio que quem tem de sair deve sair de uma vez (o que raramente acontece...).
Em suma, este ano
foi um bom ano no que toca a redefinição de amizades. Confesso que houve
momentos em que essa redefinição custou, pois temos de nos aperceber de quem nos
faz bem ou mal e nem sempre isso é simples. No entanto, esse processo, por mais
doloroso que seja, está executado e estou feliz neste preciso momento com os "resultados".
2 – Emoções
Provavelmente,
foi o ano em que me senti mais triste, frustrado, perdido e ansioso. Esse
facto, por si só, já torna este ano mau…
Acho que houve
imensos momentos, ao longo deste ano, em que me senti perdido na minha vida.
Não sabia bem o que pensar, mas não parava de pensar. Não sabia bem o que
sentir, porque sentia tudo e mais alguma coisa, o que me deixou muito inquieto. Sentia-me muitas vezes
cansado sem razão nenhuma ou nervoso por coisas que nem faziam sentido.
Passei uma grande
parte do ano assim, mas acho que estas dificuldades me ajudaram bastante.
Ajudaram a definir a pessoa que sou hoje, ajudaram-me a saber o que é certo ou
errado e ajudaram-me a ser o que sou hoje. Acho que só os últimos meses deste
ano é que correram verdadeiramente bem e porquê? Porque eu já sabia o que
queria, o que sentia e já me tinha redefinido enquanto pessoa.
Por essa razão,
considero que este ano foi muito importante e não vou sair dele a pensar
“Credo! Este ano é para riscar da minha memória!”. Vou sempre recordar este
ano, por tudo aquilo que pude aprender (e que pude aprender por mim próprio).
3 – Resultados académicos
Penso que, na
Faculdade, tudo correu bastante bem. Acho que dei o meu melhor e coloquei
sempre os objetivos bem lá em cima, pelo que tive de trabalhar bastante para os
atingir. No fim, penso que eles foram plenamente atingidos, o que me deixa muito mais tranquilo.
4 – Desafios
Como em todos os
anos, houve alguns desafios, mas creio que não foram “muito especiais”, isto é,
não houve desafios muito impressionantes…
Contudo, não
posso deixar de dizer que houve momentos-chave este ano que, na minha opinião,
acabaram por correr bem, depois de algum nervosismo. Não terá sido o ano mais
desafiante ou mais estimulante, mas espero que tenha aberto caminho para um
2018 cheio de coisas boas e de alguns desafios diferentes.
5 – Leituras
Pode parecer um
pouco estranho colocar este ponto aqui, mas, como gosto bastante de ler, penso
que devo falar sobre as minhas leituras.
Em
comparação com 2016, este ano não foi tão prolífico em termos de leitura. Não em
termos de quantidade (vai-se a ver e, se calhar, é a mesma!), mas no que toca à
fluidez da leitura. Tive de ler vários livros, artigos, capítulos e afins para
a Faculdade. No entanto, a nível pessoal, não li tanto quanto gostaria. Em
certos momentos, porque estava demasiado concentrado naquilo que tinha de fazer
a nível académico. Noutros, porque simplesmente não conseguia relaxar e deixar
o meu nervosismo de lado. Penso que o facto de ser aluno de Línguas e ter
várias cadeiras de Literatura (tanto Portuguesa como Francesa) nem sempre me ajuda,
porque sou obrigado a ler e, quando tenho tempo de finalmente ler por prazer, o
meu cérebro bloqueia um pouco as minhas intenções…
No próximo ano,
espero, sinceramente, conseguir ler mais, sobretudo por prazer.
6 – Balanço final
Depois de tudo isto
que eu escrevi (e que descreve, muito resumidamente, o meu ano), acho que posso
dizer que este ano, apesar de não ter sido, na sua grande maioria, positivo,
trouxe-me muitas coisas.
Pode parecer
cliché, mas é verdade. Se certas coisas não me tivessem acontecido este ano, se
certos pensamentos não tivessem aparecido, nunca conseguiria tornar-me a pessoa
que sou hoje. Nunca conseguiria redefinir-me e tornar-me alguém diferente.
Por esse motivo,
este ano não vai ser “riscado” da minha memória. Todos
os sentimentos e aprendizagens deste ano vão ser guardados e vão ajudar-me a
construir o meu futuro. Pode não ter sido um bom ano, no geral, mas acho que
vai abrir caminho para um ano melhor e mais entusiasmante.
E vocês? Como foi o vosso 2017?
Espero que entrem em 2018 com o pé direito!
Até já,
Nuno Neves
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