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A mostrar mensagens de janeiro, 2020
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  Lugar   O fim do dia dá entrada na fria Normandia e traz com ele um céu azul pálido, entrecortado por linhas cor-de-rosa que não chegam a transmitir a sua força total aos meros mortais que ainda se arrastam pelas ruas da cidade. O relógio celeste indica-nos que, em breve, o período da luz, da energia e do movimento frenético acabará.   Vejo, a partir dos vidros do metro, as cores do céu. A paz que se vai instaurando nesta cidade à beira do Sena, rio que se deixa alegremente pintar com as cores celestes, sejam elas frias ou quentes, feias ou belas.   Gosto de olhar para o céu, mas o metro passa demasiado rápido e a vida útil pesa tanto. A produção e a eficiência são o nosso eterno credo – o credo de um mundo onde já não há valores afetivos, mas sim monetários.   A minha paragem é a seguinte. Tenho de me preparar; lá fora está frio. Bem agasalhado, munido dos meus fones nos ouvidos para esquecer os ruídos citadinos, aí vou eu seguindo pelas ruas que me conduzem até casa. A