Os espaços vazios
Os dias são frios
Os espaços são vazios
E no meio desses vazios,
há pontos ainda mais frios.
Quem aquece a alma,
quando ela não se aquece?
Nem aquece, nem arrefece
Sempre a mesma tese.
Há espaços que ninguém pode ver.
Há espaços que não deixarei ver.
Quem os preenche?
Tudo o que se bebe e não é líquido.
Dá-me dessa água que não H20,
Por favor, tem dó.
O coração pede tanto.
Aqueles espaços só querem um manto.
Quem está aí?
Não sei se caí.
Se caí, ficarei no chão.
Afinal, já não darei mais nenhum trambolhão.
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